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06 jul 2018 Fonte: Plataforma ONGD Temas: Capacitação institucional / comunitária, Cooperação para o Desenvolvimento, Educação para o Desenvolvimento e a Cidadania Global, Sociedade Civil

O PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento apresenta a Capacitação para o Desenvolvimento como uma abordagem fundamental para a transformação endógena e sustentável, de indivíduos, líderes, organizações e sociedades[1]. A sua perspetiva aponta para uma mudança que deve ser gerada, conduzida e liderada por aqueles/as que mais devem beneficiar da mesma, considerando que é fundamental uma inter-relação entre três esferas: o ambiente favorável (Sistema no qual as pessoas e as organizações operam), o nível organizacional (estrutura, políticas e procedimentos) e a esfera individual (na qual as competências, o conhecimento e as experiências são fulcrais para qualquer processo de mudança). Ao operar sobre estes níveis existem capacidades que devem ser criadas, reforçadas e/ou potenciadas, sendo de destacar a capacidade de envolvimento de stakeholders, a capacidade de analisar uma situação e estabelecer uma visão, a capacidade de formular políticas e estabelecer estratégias, a capacidade de orçamentar, gerir e implementar e a capacidade de avaliar.

A Plataforma reconhece no âmbito da sua estratégia de capacitação que a Capacitação para a Mudança é uma prioridade, e que esta deve ser feita de uma forma concertada e atendendo às necessidades de Capacitação das ONGD, particularmente das suas associadas.

Neste sentido, a Academia do Desenvolvimento organizada pela PPONGD, nos dias 20 e 21 de Junho, assenta no pressuposto de que a mudança é necessária, face aos novos desafios do Desenvolvimento, e que as pessoas, as organizações e a sociedade de uma forma geral, dispõem de capacidades para provocar essa mudança sustentável, justa e equitativa. Partindo de uma metodologia de capacitação de pares, cada participante teve a possibilidade de definir os seus próprios objetivos de capacitação, numa lógica de criação de valor partilhado, com base nas soluções e opções apresentadas dentro do Programa da Academia.

O evento contou com a colaboração de várias/os cidadãs e cidadãos, entidades  e Atores do Desenvolvimento, na construção e na facilitação de uma proposta “bastante abrangente e diversificada, potenciadora de reflexão e conhecimento”[2], procurando trabalhar capacidades tão diversas como as de avaliação no Workshop Advanced Monitoring and Evaluation, as de gestão da mudança como o Workshop Theory of Change, ou as capacidades de trabalho em rede como foi o exemplo da Mesa Redonda sobre o papel da Sociedade Civil que trouxe as Plataformas Lusófonas das Sociedade Civil à conversa com as Organizações portuguesas, e ainda capacidades de criação e acompanhamento de Políticas, como o caso da Sessão de Debate sobre a implementação dos ODS ou o Workshop Advocacy e Influência Política.

O sucesso do evento, relatado pela maioria dos participantes, faz-nos confirmar que a prioridade dos processos de Capacitação da Plataforma devem cada vez mais assemelhar-se a iniciativas e processos alternativos como a Academia, trabalhando com e na complexidade e diversidade de visões, de experiências, de competências, dentro do sistema e fora dele.

 

Pela Responsável de Capacitação
Luciana Almeia

 


[1] http://www.undp.org/content/dam/aplaws/publication/en/publications/capacity-development/capacity-development-a-undp-primer/CDG_PrimerReport_final_web.pdf.
[2] Avaliação de um/a participante.

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