27 abr 2021 Fonte: Plataforma Portuguesa das ONGD Temas: Ajuda Pública ao Desenvolvimento, Alterações climáticas e ambiente, Coerência das políticas, Sociedade Civil, Setor Privado, Presidência da UE
São hoje amplamente conhecidas as consequências do modelo de desenvolvimento impulsionado pela era industrial, desde o aumento excessivo na concentração de gases com efeito de estufa (GEE) na atmosfera terrestre, aos impactos ao nível da biodiversidade. Esta situação exige transformações profundas na forma como a economia é gerida globalmente e amplia a necessidade de tornar a recuperação pós-pandemia mais sustentável, contribuindo simultaneamente para a redução das desigualdades, através de uma distribuição mais justa dos recursos.
Responder aos desafios colocados pelas alterações climáticas e apostar na produção acessível de energia sustentável com vista à denominada Transição Verde para a neutralidade carbónica, pressupõe por isso que, ao mesmo tempo, se procure responder às implicações que as transformações necessárias terão nas populações, em especial nas que se encontram em situação de maior vulnerabilidade e marginalização.
No contexto do Projeto Presidência “Por uma Europa aberta, justa e sustentável” implementado pela Plataforma Portuguesa das ONGD em conjunto com a VENRO, a SLOGA e a CONCORD Europe, pretende-se promover uma reflexão sobre os aspetos que, do ponto de vista da Sociedade Civil, devem ser tidos em conta no debate sobre o papel da UE na construção de soluções partilhadas para o desenvolvimento sustentável – em particular na relação com o continente africano.
Esta reflexão enquadra-se hoje no webinar “O papel do setor privado na transição para uma economia verde, justa e sustentável”, que marca o lançamento do paper “As relações África-UE e a Transição Verde, Justa e Sustentável”, um documento que procura evidenciar os dilemas e desafios que a Transição Verde coloca a nível global, e particularmente ao continente africano, em torno de duas questões principais: o imperativo de fazer da transição verde uma transição justa e sustentável e o papel da UE na construção de soluções para a mobilização do financiamento necessário.
Leia o paper aqui.
English version here.
