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06 abr 2018 Fonte: Plataforma ONGD Temas: Educação para o Desenvolvimento e a Cidadania Global, Sociedade Civil

A II Edição das Jornadas Transfronteiriças de Educação para o Desenvolvimento, iniciativa da RED-NETT, em colaboração do CEsA-ISEG, teve lugar nos dias 15 e 16 de março de 2018 em Lisboa.

II Edição das Jornadas Transfronteiriças de Educação para o Desenvolvimento

A RED-NETT organizou pela segunda vez as Jornadas Transfronteiriças de Educação para o Desenvolvimento, nos dias 15 e 16 de Março, com o apoio do CEsA-ISEG. Desta rede fazem parte a Plataforma Portuguesa das ONGD, o Camões I.P., e outras outras organizações da sociedade civil e entidades governamentais da região da Estremadura (Espanha), nomeadamente a AEXCID - Agencia Extremeña de Cooperación Internacional para el Desarrollo, a AUPEX – Associação das Universidades Populares da Estremadura, a CONGDEX - Coordinadora Estremeña de Organizaciones No Gubernamentales para el Desarollo.

A segunda edição das jornadas contou com a presença de 33 participantes portugueses e 29 participantes espanhóis, de diferentes territórios transfronteiriços. Durante os dois dias as entidades presentes tiveram a oportunidade de debater questões diversas ligadas à Educação para o Desenvolvimento, através de momentos de questionamento, reflexão e de participação.

No primeiro dia, depois da sessão de abertura e do painel “Direito de Antena", onde os parceiros apresentam os desafios e sucessos do trabalho da RED-NET no último ano, teve lugar o Talk Show “Coerência das Políticas para a Transformação”. Debateu-se a relação entre a coerência de políticas e educação transformadora, a importância da coerência de políticas na construção de uma cidadania ativa, e a forma como uma pedagogia política pode influenciar a construção de políticas públicas que melhorem a qualidade de vida, do local ao global e vice-versa. Questões como o papel dos diferentes atores na transformação política (movimentos sociais, organizações no governo, indivíduos-indivíduos, atores governamentais, etc.) ou as estratégias para garantir que as políticas públicas estejam alinhadas com o bem comum, integrando as diferenças e a relação com diferentes dinâmicas de opressão (Interseccionalidade) centraram a reflexão dos participantes e trouxeram para a análise individual e coletiva uma perspetiva crítica e construtiva que permaneceu ao longo de todo o evento.

O segundo dia das Jornadas foi composto por espaços temáticos com divisão dos participantes (através de uma metodologia rotativa) por três oficinas temáticas subordinadas aos temas: Comunicação Transformadora; Ecofeminismo; Transformação através do ativismo.

Como conclusão geral da Oficina de Comunicação para a Transformação surgiu a urgência de mudar o papel da comunicação atual.

A Comunicação Transformadora é um processo transformador que passa pelo poder de tomar a palavra, e por isso a importância de gerar consciência crítica, evitando a neutralidade da comunicação e criando pontes entre o ativismo e o jornalismo, e a criação de canais de comunicação entre ativistas e Organizações da Sociedade Civil foram considerados fulcrais nesta mudança.

A Oficina de Ecofeminismo centrou-se numa reflexão sobre como é que as organizações têm incentivado e incorporado estas perspetivas feministas, procurando identificar práticas concretas que exemplificam essa abordagem, tendo-se concluído que existem ainda demasiadas diferenças entre os territórios. Debateu-se a necessidade de criar novos espaços de expressão e de “cuidado”, procurando olhar para a conciliação com sentido de justiça e não valorização apenas de algumas necessidades, e reforçando a taxa de retorno a nível ambiental, mas também humano. Ainda de destacar a importância das práticas internas às organizações enquanto motores de mudança e reflexão.

Por último, da Oficina de Transformação destacam-se as discussões sobre a importância de politizar os direitos dos cidadãos e aprender com mecanismos de análise da realidade social, e de construir narrativas e posicionamentos políticos partindo de uma desconstrução do papel das Organizações.

No plenário final, foram apresentadas as conclusões de cada workshop e foram identificadas algumas prioridades para o futuro da Rede NETT, tais como:

  • Apostar numa estratégia de comunicação partilhada, definindo mensagens conjuntas;
     
  • Fixar compromissos a longo prazo, que passem pela definição de um Plano de trabalho, de um modelo de governação e criando relações de confiança e uma narrativa comum;
     
  • Entre Plataformas discutiu-se a elaboração de um mapa conjunto de ONGD das regiões transfronteiriças e de outras redes já existentes, pela partilha dos calendários e das iniciativas dos Grupos de Trabalho das diferentes regiões, e pela possibilidade de facilitar a formação de representantes portugueses e espanhóis em diferentes áreas
II Edição das Jornadas Transfronteiriças de Educação para o Desenvolvimento

Vídeo com compilação fotográfica

Para mais informações:


Reportagem escrita do evento

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Programa de rádio gravado em direto nas Jornadas

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