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03 mai 2019 Fonte: Plataforma ONGD Temas: Capacitação institucional / comunitária, Educação e Formação

As abordagens tradicionais da Ajuda ao Desenvolvimento por si só são incapazes de dar resposta aos desafios atuais do Desenvolvimento, e embora muitas metas tenham sido já alcançadas, a Agenda 2030 traça novos caminhos na erradicação da pobreza e da fome, no combate às alterações climáticas, no assegurar uma educação e saúde de qualidade, na redução das desigualdades, na criação de sociedades justas e sustentáveis.

É, assim, necessário, reforçar os instrumentos existentes para torná-los mais eficazes e inovadores na promoção de políticas de desenvolvimento que vão além da Ajuda. Os esforços globais e locais de inovação deverão cada vez mais ter em consideração a intersectorialidade e as interdependências mundiais das políticas e das relações entre entidades, a complexidade das causas dos problemas, a urgência e a importância da atuação concertada. É necessário apresentar soluções inovadoras do ponto de vista tecnológico, económico, social, ambiental e cultural.

A flexibilidade necessária para integrar diferentes perspetivas, trazidas por intervenientes diversos e com objetivos e interesses distintos, para articular uma multiplicidade de saberes e gerir a diversidade de conhecimento que existe sobre uma mesma matéria, é também um factor-chave para alcançar resultados verdadeiramente impactantes e geradores de mudança na vida das pessoas e das populações, particularmente as mais vulneráveis.

Considerando que a reflexão, a investigação, a aprendizagem e a experimentação são processos fundamentais para a exploração de respostas inovadoras e na construção de capacidades de inovação, a Fundação Calouste Gulbenkian, a Plataforma Portuguesa de Organizações não Governamentais para o Desenvolvimento (ONGD) e o Centro de Estudos de África, Ásia e América Latina do ISEG - Instituto de Economia e Gestão de Lisboa, Universidade de Lisboa (CEsA / ISEG), organizam a II Edição do International Development Summer Course (IDSC), que terá como tema “Inovação para o Desenvolvimento”, e decorrerá de 28 a 31 de maio de 2019, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.

Esta II edição traz uma abordagem mais participativa que procura encontrar respostas para os desafios que se colocam no desenvolvimento internacional no conjunto dos participantes e convidados, e que assentaatravés de numa perspetiva de aprendizagem colaborativa e permanente, na medida em que invocainvocando o espírito critico,  e a reflexão, e o envolvimento e interação entre todos/as os participantes na construção de conhecimento coletivo.
Tomando como inspiração personalidades de referência nas temáticas propostas, que darão início a cada painel, os/as participantes serão incentivados/as pelos moderadores/as  e moderadoras de cada sessão a colocarem questões verdadeiramente significativas, a partilharem as suas opiniões e conhecimentos, e a alcançarem conclusões conjuntas respeitando a diversidade de intervenientes e a divergência de posicionamentos.

Para a sociedade civil, um dos principais atores do Desenvolvimento Internacional, é fundamental acompanhar os ritmos de mudança societal que a inovação traz, mas também trazer inovação, criando abordagens inovadoras, estar atualizada e atualizar. Conforme o moderador Nuno da Silva evidencia:

“qualquer processo inovador deve ter a aprendizagem no centro das práticas de desenvolvimento organizacional, abraçando a complexidade e a incerteza, observando e refletindo sobre as relações entre as partes, os espaços entre os diferentes elementos organizacionais a partir dos quais emergem a estrutura, a cultura e a forma como o todo se manifesta.”

Como entender a contribuição da inovação para enfrentar os desafios de uma sociedade acelerada, consumista, altamente informada e atualizada, procurando de educar os cidadãos e aumentar a conscientização sobre os desafios globais? Como compreender, aprofundar e reagir rapidamente às implicações das mudanças societais que a inovação aporta, procurando nesse caminho, que decorre à velocidade da luz, produzir conhecimento e aprendizagens, influenciar políticas para a sustentabilidade, promover uma comunicação educativa genuína, e colaborar com intervenientes diversos e muitas vezes antagónicos?
Como estimular debates e desenvolvimentos emergentes que questionem o paradigma vigente e promovam uma “filantropia de mudança sistémica” alternativa que - informada pelo envolvimento da sociedade civil e os esforços dos movimentos sociais para fortalecer as alternativas sistémicas - passa das concessões transacionais para transformacionais em apoio a mudanças societais profundas e de longo prazo?

Foi com estas questões em mente que as entidades organizadoras procuraram criar um programa direcionado, que permita pistas futuras de caminho conjunto. 

Para mais informações:


Conheça o programa completo e inscreva-se no International Development Summer Course

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