13 out 2021 Fonte: ONU Temas: Alterações climáticas e ambiente, Ajuda Pública ao Desenvolvimento
O dia 13 de outubro foi, uma vez mais, a data escolhida para assinalar o Dia Internacional para a Redução do Risco de Catástrofes. Depois de ter sido instituída pela Assembleia Geral das Nações Unidas no ano de 1989, a data pretende alertar para os principais fenómenos que podem provocar desastres naturais com consequências para as populações. Em 2021, o apelo vai, uma vez mais, para a necessidade de canalizar mais fundos para programas destinados a criar resiliência e a mitigar o impacto de negativo de acontecimentos cada vez mais expectáveis.
Para reforçar a mensagem, o Escritório das Nações Unidas para a Redução de Riscos de Desastres (UNDRR) publicou um relatório onde utiliza o exemplo da pandemia de Covid-19 para demonstrar que, caso tivesse havido investimento na área, os danos causados (e o impacto no desenvolvimento) poderiam ter sido substancialmente menores. Segundo o organismo da ONU, esta é uma questão crítica que terá de merecer mais atenção num contexto em que as alterações climáticas têm sido responsáveis por um aumento no número de eventos extremos. Também aqui se coloca a questão da falta de financiamento, já que por cada 100USD investidos em Ajuda Pública ao Desenvolvimento (APD), destinada a questões relacionadas com desastres, apenas 0,50USD são canalizados para ações destinadas a garantir que os avanços alcançados em termos de desenvolvimento são preservados, não obstante os impactos dos fenómenos climáticos extremos
A preocupação vai, uma vez mais, para os países mais vulneráveis e para o potencial impacto que a falta de resiliência poderá ter no futuro próximo – já que muitos destes países combinam fatores de risco ambiental com a pobreza extrema. Por isso mesmo, uma das principais recomendações do UNDRR apela a uma maior aposta dos doadores de APD na necessidade de criar respostas multidimensionais direcionadas a combater a vulnerabilidade das populações.