06 jul 2021 Fonte: Bond Temas: Cooperação para o Desenvolvimento, Sociedade Civil

As organizações precisam de perceber como é que o racismo se manifesta nas suas culturas, políticas e trabalho para que consigam dar os primeiros passos no caminho de se tornarem ativamente anti-racistas. Para apoiar as organizações neste percurso, a Plataforma britânica Bond lançou um relatório que explora as experiências das pessoas racializadas que trabalham nas organizações de Desenvolvimento Internacional Britânicas.
O estudo analisa aquilo que permite e impede as pessoas racializadas de conseguirem empregos neste setor, e examina as suas relativamente às culturas organizacionais do setor no Reino Unido, e dos desafios que enfrentam para progredir para posições de liderança. Os dados recolhidos, qualitativos e quantitativos, fornecem insights importantes sobre o que está errado com as abordagens predominantes do setor à diversidade e inclusão, destacando a necessidade urgente de transformar culturas organizacionais para lidar com o racismo estrutural.
De entre as conclusões do relatório, destaca-se que 68% das pessoas racializadas experienciaram ou testemunharam racismo no ano passado, 89% sentem que as suas organizações não estão comprometidas com a diversidades e a inclusão e 65% consideram que não tiveram igual acesso a mentoria profissional, comparando com os seus pares brancos.
O relatório centra-se nas vozes e experiências das pessoas racializadas, cujos contributos moldaram as recomendações finais – aos indivíduos, às organizações e suas direções e ao setor em geral.