04 abr 2019 Fonte: JOINT Temas: Ajuda Humanitária e de Emergência, Sociedade Civil
As províncias de Sofala, Manica, Tete, Zambézia e Inhambane sofreram no passado dia 19 de Março, os efeitos da passagem do ciclone IDAI, caracterizado por ventos que atingiram 220 quilómetros por hora e chuvas fortes, causando a morte de centenas de milhares de pessoas e a deslocação, para lugares de refúgio mais seguros e/ou incertos. Para além destas consequências a calamidade natural provocou ainda destruição de habitações, em alguns casos de aldeias inteiras, escolas, unidades sanitárias, campos de produção agrícola, fábricas, etc.
Desde o começo do desastre humanitário que se seguiu a sociedade moçambicana e a comunidade internacional engajaram-se no socorro às vítimas, quer através da assistência em abrigos provisórios abertos pelas autoridades, que por meio do provimento de alimentos, água, medicamentos e outros bens essenciais.
A sociedade civil nacional, através de pessoas singulares e de organizações que actuam em diversos domínios, está a ser o espelho de uma onda de solidariedade a todos os títulos louvável para o auxílio dos necessitados.
Um conjunto de Organizações da Sociedade Civil denominadas SOS IDAI – Sociedade Civil que engloba sediadas em Maputo, Sofala, Nampula, Niassa, Zambézia, Manica e Inhambane iniciaram um movimento de angariação de mais apoios para os afectados pelas catástrofes, devendo trabalhar com entidades como o Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC) e outras no terreno para fazer chegar essa ajuda. Entendem, estas organizações, que o auxílio aos moçambicanos afectados pelos efeitos do ciclone IDAI deve continuar, pois os seus efeitos se vão fazer sentir ainda por muito mais tempo.
O Movimento SOS IDAI – Sociedade Civil tem como principais objectivos: (i) apoiar no mapeamento das acções levadas a cabo por Organizações da Sociedade Civil moçambicanas, (ii) evitar a duplicação ou sobreposição de apoios entre as OSC potenciando e maximizando da melhor forma os recursos disponíveis para os grupos e regiões mais necessitadas, (iii) melhorar a articulação entre as OSC e as entidades governamentais e municipais e outros actores chave envolvidos no programa de emergências, (iv) estabelecer mecanismos públicos e transparentes de prestação de contas para as OSC que fazem parte do movimento e (v) contribuir para a elaboração, implementação e monitoria de um plano ou uma estratégia de apoio de curto, médio e longo prazo para as regiões afectadas.
De salientar que, entre outras acções concretas, o grupo planificou e levou a cabo as acções seguintes: aquisição, angariação de produtos de primeira necessidade encaminhados ao amplo movimento que resultou em 14 (quatorze) toneladas de alimentos (uma iniciativa do movimento da Sociedade Civil – Unidos por Beira) e outros bens encaminhados à cidade da Beira; recolha (ainda em curso) de material escolar para alunos do ensino primário, tendo como meta mínima a angariação de dois mil kits compostos por cadernos, livros e outros artigos; e angariação de fundos por via de contributos dos colaboradores de algumas organizações e junto de outros parceiros e voluntários.
Ao mesmo tempo que manifestam o seu mais profundo sentimento de pesar pela morte deconcidadãos e pelo rasto de destruição que obriga os milhares de sobreviventesa um recomeço de vida, as organizações da sociedade civil fazem votos para que a sociedade moçambicana consolide os seus mais nobres valores, incluindo a solidariedade, indispensável para sarar as feridas causadas pelo ciclone IDAI.
Em nome da transparência e da integridade desta acção de solidariedade o movimento compromete-se a partilhar, oportunamente, todos os procedimentos e acções que provierem da iniciativa, incluindo a origem e aplicação dos valores angariados.
Pelo Movimento SOS IDAI – Sociedade Civil
Os Subscritores (incluem Redes e Plataformas):
- Rede Provincial de Protecção da Criança de Sofala (SOPROC)
- Fundação Mecanismo de Apoio a Sociedade Civil (MASC)
- Fórum da Sociedade Civil para os Direitos da Criança (ROSC)
- Coordenação para a Mulher no desenvolvimento (Fórum Mulher)
- Centro de Aprendizagem e de Capacitação da Sociedade Civil (CESC)
- Liga das ONGs – JOINT
- Fundação para o desenvolvimento da Comunidade (FDC)
- Fórum Nacional de Rádios Comunitárias (FORCOM
- Associação Rural de Ajuda Mútua em Sofala (ORAM)
- Centro de Integridade Pública (CIP)
- Rede de Comunicadores Amigos da Criança (RECAC)
- Rede de Protecção da Criança (REPROCRINA) – Nampula
- Associação da Criança Boa Esperança (ACABE)
- WLSA Moçambique
- Movimento de Educação para Todos (MEPT)
- Associação Desenvolvimento Sociedade (ADS)
- Associação Sociocultural Horizonte Azul (ASHA)
- Associação Moçambicana para a Promoção e Desenvolvimento da Mulher – Inhambane – MAHLAHLE
- ESTAMOS-Niassa
- SUCESSO-Manica
- LeMuSica
- A LAVATSONGO
- SOLIDARIEDADE- ZAMBÉZIA
- LIGA DOS DIREITOS DA CRIANÇA-ZAMBÉZIA 2
- Instituto de Estudos Sociais e Económicos (IESE)
- NWETI – Comunicação para a Saúde
- ActionAid Moçambique