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15 dez 2023 Fonte: Ser Mais Valia Temas: Capacitação institucional / comunitária, Cidadania e Participação, Cooperação para o Desenvolvimento, Direitos Humanos

Créditos: Ser Mais Valia

Por altura do Dia Internacional do Voluntariado, que se celebra a 5 de dezembro, assinalamos a importância do voluntariado sénior enquanto espaço de partilha de competências postas ao serviço dos direitos humanos e da cooperação para o desenvolvimento.

O voluntariado sénior constitui ainda um processo efetivo de Envelhecimento Ativo, que rentabiliza o investimento realizado pelos voluntários ao longo da vida e das suas carreiras profissionais e académicas, promovendo a sua autoestima e sentido de utilidade social.

A estrutura etária da população portuguesa permite-nos perceber que estamos perante um fenómeno de” duplo envelhecimento”. Ou seja, a população jovem diminui em proporção e a população com 55 e mais anos aumenta significativamente.  Em 2022, o conjunto da população entre os 55 anos e 85 anos de idade representava cerca de 35% do total da população (PORDATA). Esta situação coloca ainda com mais ênfase a necessidade de aproveitamento de competências e saberes, agora postos ao serviço da sociedade.

A conjugação dos saberes, competências, experiência de vida e de trabalho dos voluntários seniores, permite um olhar sobre a realidade, capaz de melhor mobilizar recursos próprios e alheios, em função de uma atuação imediata ou estratégica.

Assim, está-se perante uma oportunidade duplamente vantajosa. Por um lado, os voluntários seniores concretizam a sua utilidade social, mobilizando recursos próprios colocados solidariamente ao serviço da resolução de problemas sociais. Por outro lado, as comunidades e as populações-alvo vêem os seus problemas minorados, participando ativamente nesse trabalho.

A partir da sua experiência e competências, os voluntários seniores atuam com base nos objetivos do projeto de intervenção, procedendo a um diagnóstico local sobre a forma e o conteúdo da ação, agenciando os recursos locais, no respeito pela cultura e as características do contexto. As soluções à medida e o envolvimento dos atores são mais conseguidos com uma perspetiva e um olhar amadurecidos num percurso longo e diversificado.

A Ser Mais Valia – Associação de Voluntariado para a Cidadania e Desenvolvimento (SMV), foi fundada em 30 novembro de 2016, na sequência do projeto piloto Mais Valia da Fundação Calouste Gulbenkian, iniciado em 2012. É uma Associação de direito privado, com estatuto de ONGD atribuído pelo Instituto Camões. Preenche um espaço na sociedade civil dedicado a projetos de cooperação e desenvolvimento. A solidariedade social constitui matriz da sua ação, alinhada com o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS, Agenda 2030), tendo sempre em vista o direito à dignidade das pessoas, das comunidades e dos povos.

Nos PALOP o enfoque da ação tem variado de acordo com as caraterísticas dos países e das solicitações de apoio. As áreas de intervenção são maioritariamente, “desenvolvimento cultural, social, ambiental, cívico, económico, educativo e de saúde”.  

A identificação dos problemas sobre os quais se vai atuar, precede um trabalho de preparação da intervenção, em conjugação com o país (ou com a comunidade) destinatário e em colaboração com parceiros institucionais, do tecido empresarial e da sociedade civil. Procura-se desenhar a ação e intervir com parcerias que trazem também as suas competências, recursos e estatuto, que complementam a propriedade, a viabilidade e a própria qualidade da ação.

Neste caso, trata-se de contribuir para o desenvolvimento e para a resolução de problemas dos PALOP e de comunidades deles provenientes residentes em Portugal, num contexto de cooperação. Aqui, atua-se em territórios problemáticos e/ou deprimidos, maioritariamente com populações imigrantes dos PALOP ou com jovens estudantes do ensino superior africanos com problemas na sua integração e percurso escolar.

A Cooperação para o Desenvolvimento, nomeadamente nos PALOP e com imigrantes em Portugal, beneficia deste envolvimento de quem já integrou muitas lições da experiência, bem com da conjugação de perspetivas globais e locais com atuações de sentido imediato e estratégico.

É nesta ótica que a ONGD Ser Mais Valia se situa.

Maria Cardim, voluntária da Ser Mais Valia.

Saiba mais sobre a Associação Ser Mais Valia aqui.

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