Desde a criação do termo Cooperação para o Desenvolvimento no pós-II Guerra Mundial, a conceção do que significa cooperar para desenvolver tem vindo a transformar-se em virtude dos diferentes momentos históricos que marcaram a segunda metade do século XX e o início do século XXI. Desde então, os temas trabalhados, os atores envolvidos e a diversificação das fontes e tipos de financiamento têm vindo a sofrer alterações consoante a variação do pulsar do ambiente internacional. O surgimento do termo Cooperação para o Desenvolvimento tem sido, por isso, acompanhado por uma dificuldade intrínseca em definir o seu espetro de atuação e os seus objetivos, bem como por entendimentos diversos daquilo que deve constar na sua conceção base.
A Plataforma Portuguesa das ONGD entende que a Cooperação para o Desenvolvimento deve estar ancorada num conjunto de princípios basilares que sustentem a sua ação. A solidariedade, sustentabilidade, justiça e equidade são, para a Plataforma e suas Associadas, elementos indissociáveis de qualquer ação que se apresente com a intenção de cooperar para desenvolver. Acreditamos que é a partir destes princípios que se deve deduzir um conceito que reflita o que deve ser o âmbito de ação da Cooperação para o Desenvolvimento, devendo este ser definido como o conjunto de ações levadas a cabo conjuntamente pelos países desenvolvidos e pelos países em desenvolvimento com a finalidade de erradicar a pobreza e as desigualdades socioeconómicas, promover os Direitos Humanos e defender os princípios fundamentais da Democracia. Por isso mesmo, além da transferência de fluxos financeiros entre doadores e recetores, as ações conduzidas ao abrigo da Cooperação para o Desenvolvimento devem preservar a sua qualidade, garantindo um impacto na melhoria das condições de vida das populações alvo.
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